O Benfica cumpriu a tradição infeliz de não vencer em finais europeias. São oito derrotas consecutivas em jogos decisivos e nesta quarta-feira foi a vez de perder pelo segundo ano consecutivo a Liga Europa. Parabéns ao Sevilha, que levanta o troféu pela terceira vez, após uma vitória em Turim conseguida nas grandes penalidades (4-2).
Cuidado com a atitude do Sevilha nos instantes iniciais. Pressão no ataque, algo pouco habitual na turma espanhola, contra-ataques perigosos e algum perigo na área de Oblak. O Benfica também incomodou, por Garay, que viu uma boa defesa de Beto, num primeiro quarto de hora agitado. Depois, tempo de contenção. Sem riscos, dos dois lados. E tempo para Jesus olhar frequentemente para Sulejmani, que se lesionou no ombro direito e acabou por ser substituído por André Almeida. Mas entre os riscos escassos e um jogo muito disputado a meio campo, o Sevilha foi um pouco superior. O Benfica perdia a bola mais vezes, não conseguia chegar ao ataque através de uma jogada com início, meio e fim, e as poucas situações relativamente perigosas surgiram mais na área lusa. O cenário só mudou nos descontos, por Maxi (nova bela intervenção de Beto) e por Gaitán. Em duelo tremido e pouco espetacular, 0-0 adequado ao intervalo.
Se os últimos minutos da primeira parte serviram para ver um Benfica mais perto do seu habitual, essa sequência prolongou-se para o início do segundo tempo. Mas só no ataque: é que, se Lima e Rodrigo poderiam ter feito melhor mas não marcaram, a defesa lisboeta cedia espaços a mais e Reyes quase faturou, duas vezes. De repente a velocidade tinha aumentado, antes de a toada voltar a ser mais calma e com ligeira superioridade espanhola. O Benfica parecia intranquilo, cansado, ou nervoso. Lima estava desinspirado, Gaitán (mais uma vez) falhava passes e mais passes, André Gomes imitava-o, Maxi não "explodia"... Pouco funcionava. Do meio campo para a frente talvez só Ruben Amorim estivesse num dia habitual. Contudo, o Benfica voltou a despertar para os 10 minutos finais. E o jogo poderia ter ficado resolvido aí - Rodrigo, Lima, Garay, nenhum marcou - mas não surgiu o momento de eficácia ou de sorte suficiente para definir um vencedor luso, perante um Sevilha que se encolheu e só defendeu nesta fase derradeira. Prolongamento.
Ao longo dos 30 minutos extra, e já com Cardozo em campo, destaque para um livre direto apontado por Lima que teve direito a defesa complicada de Beto. De resto, muito cansaço, pouco discernimento e zero golos. Grandes penalidades. Lima consegue o primeiro golo da noite, Bacca empata. Cardozo falhou com Beto demasiado perto da bola, Mbia colocou o Sevilha na frente. Rodrigo também falhou e Coke fez o 3-1. Luisão ainda reduziu mas Gameiro fechou a final. O bloqueio repetiu-se e o Benfica perdeu.
Equipas
Sevilha:
Beto
Coke, Pareja, Fazio, Alberto Moreno
Vitolo (Diogo Figueiras), Carriço, Mbia, Reyes (Marin (Gameiro))
Rakitić, Bacca
Benfica:
Oblak
Maxi, Luisão, Garay, Siqueira (Cardozo)
Sulejmani (André Almeida), André Gomes, Ruben Amorim, Gaitán (Ivan Cavaleiro)
Lima, Rodrigo
Beto
Coke, Pareja, Fazio, Alberto Moreno
Vitolo (Diogo Figueiras), Carriço, Mbia, Reyes (Marin (Gameiro))
Rakitić, Bacca
Benfica:
Oblak
Maxi, Luisão, Garay, Siqueira (Cardozo)
Sulejmani (André Almeida), André Gomes, Ruben Amorim, Gaitán (Ivan Cavaleiro)
Lima, Rodrigo